As
mazelas e o sofrimento de centenas de crianças e adolescentes africanos são
retratados neste livro de Julio Emílio Braz . A publicação relata os conflitos
religiosos em nações como Somália, Nigéria, Mali e outras tantas pela ótica de
uma garotinha nigeriana.
As ilustrações são de Mozart
Couto, cujo estilo se aproxima das revistas em quadrinhos, para retratar a fuga
de um grupo de adolescentes cristãs de apenas 13 anos de idade das atrocidades
de sua cidade natal.
O
relato se passa na cidade de Kaduna, durante uma fictícia (nem tanto) guerra
entre cristãos e muçulmanos. A história tem início na sala de aula, quando um
professor protege as alunas de ataques e bombardeios de soldados de ambos os
lados.
Uma das intenções do autor é
desmistificar a ideia que o Ocidente tem hoje do Islã, sobretudo devido à
violência sempre atrelada à religião nos noticiários internacionais. É uma
tentativa de superar a visão estereotipada do islamismo associado ao terrorismo
quando, na verdade, são pessoas normais, de fé, procurando viver em paz, com tolerância em
relação às outras religiões.
"Griot"
permite desfrutar de uma literatura prazerosa, capaz de resgatar valores,
contribuir para a construção da identidade e aguçar a imaginação dos jovens que
distam geograficamente, porém se aproximam no que diz respeito ao contexto
social.
Leitura recomendada para o público a partir do 6º ano.
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