Para ver: Tempestade de Areia
CLASSIFICAÇÃO
INDICATIVA: 12 ANOS.
Tempestade
de Areia é um filme israelita lançado em 2016, vencedor no Festival de Sundace
na categoria de melhor filme estrangeiro
no gênero drama.
O filme nos leva ao sul de Israel,
na aldeia de beduínos (povos árabes que vivem no deserto, em sua maioria nômades) para contar a história de Jalila, uma mulher
que prepara o segundo casamento do seu marido. Já que o casamento poligâmico
ainda é autorizado nessas tribos beduínas sulistas. Enquanto Jalila cuida dos
preparativos da festa, seu marido vai para uma espécie de despedida de
solteiro, longe da cerimônia.
O
maior problema começa quando Jalila descobre o envolvimento amoroso da filha mais
velha, Layla, com um rapaz palestino, o qual nunca será aprovado pela tribo.
O
curta (86min) vai mostrar em que
condições vivem essas mulheres, principalmente em uma comunidade totalmente
patriarcal, onde as mulheres são submissas aos seus maridos, sem ter a
liberdade de escolher seu próprio caminho.
Para
ouvir: 5 a seco
5
a seco é uma banda brasileira do gênero indie-rock formada em 2009 por Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro
Viáfora, Tó Brandileone e Vinicius Calderoni. O nome da banda é devido aos
cinco integrantes, por isso o numeral 5 e o “ a seco” representa o fato do
grupo se apresentar sem acompanhantes, com a intenção de autossuficiência e
economia de recursos.
Em 2011 foi gravado o primeiro DVD,
Ao Vivo no Ibirapuera, com participações de Maria Gadú, Lenine e Chico César.
Em 2014 foi lançado o álbum Policromo,
gravado em estúdio, diferente do anterior.
Confira abaixo
a música “Em paz” com participação de Maria Gadú:
Para ler: Irmãs Brontë – clássicos da literatura a frente
de seu tempo
CLASSIFICAÇÃO
INDICATIVA DOS LIVROS: 14 ANOS.
Nascidas na cidade de
Hartshead, Yorkshire, norte da Inglaterra, as irmãs Charlotte, Anne e Emily,
mais conhecidas como Irmãs Brontë, foram grandes escritoras da Era Vitoriana,
escreveram poemas e romances que marcaram a história da literatura inglesa. As
irmãs lutaram contra todos os preconceitos da época para publicarem seus
livros, visto que, no século XIX, era inaceitável para uma mulher torna-se
escritora, então, usaram pseudônimos masculinos para que suas obras fossem
aceitas.
Primeiramente
lançaram uma coletânea de poemas das três “
Poems by
Currer, Ellis and Acton Bell” que, apesar de ter boas criticas, não fez muito
sucesso. Detalhe: As iniciais dos nomes fictícios indicava a letra inicial de
cada uma das irmãs.
Apesar do fracasso Charlotte, Anne e Emily não
desistiram e em 1847, conseguiram o apoio de um editor e Charlotte publicou
Jane Eyre, logo em seguida Emily e Anne lançaram O vento dos Morros Uivantes e The Tenant of Widfell
Hall, respectivamente.
Jane Eyre, Charlotte Brontë – Jane Eyre é uma menina órfã que mora
com a tia e seus primos, os quais, a maltratam muito. Devido ao mau
relacionamento com a sobrinha, Sra. Reed decide mandar a menina para uma escola
de moças, onde ela cresce e se torna professora. Buscando expandir seus
horizontes e conquistar sua independência – o que era inaceitável para a época,
já que as mulheres tinham que ser submissas aos seus maridos – Jane coloca um
anúncio para trabalhar como governanta e é contratada pelo senhor Rochester, um
homem extremamente misterioso.
Com
o passar do tempo, Jane se apaixona perdidamente por Rochester, que tem 20 anos
a mais que ela e esconde um segredo no sótão de sua casa. A partir dai, Jane
passa por diversas dificuldades para finalmente conquistar o que sempre
almejou: liberdade e independência.
Charlotte
Brontë foi considerada uma das primeiras autoras feministas buscando quebrar os
padrões de sua época, mostrando que as mulheres têm voz ativa sobre suas vidas
e não somente prisioneiras do casamento, o qual é forçado desde a infância.
Um
grande amor nasce entre Catherine e Heathcliff, porém,
Catherine decide se casar com Edgar, um jovem de família nobre que é apaixonado por ela e possui condições de sustenta-la, proporcionando uma vida mais confortável, já que Heathcliff era órfão e não detinha poder perante a sociedade. Quando Catherine casa com Edgar, Heathcliff vai embora e após torna-se um homem rico, decide retornar.
Catherine decide se casar com Edgar, um jovem de família nobre que é apaixonado por ela e possui condições de sustenta-la, proporcionando uma vida mais confortável, já que Heathcliff era órfão e não detinha poder perante a sociedade. Quando Catherine casa com Edgar, Heathcliff vai embora e após torna-se um homem rico, decide retornar.
Na
época em que foi lançada, a obra foi bastante criticada devido a intensidade
dos personagens Heathcliff e Catherine, que são símbolos de um amor
forte e poderoso, que sobrevive além do tempo e da morte.
O
livro ganhou um destaque especial, pois era um dos livros preferidos do casal
Edward e Bella, protagonistas do filme “ Crepúsculo” que, inclusive, foi
inspirado na obra de Brontë.
The Tenant of Wildfell Hall, Anne Brontë: A história
começa com a chegada de Helen Graham a propriedade de WildFall Hall acompanhada apenas por seu filho, Arthur. As
vestes escuras que Helen usa dá a entender que é uma jovem viúva, buscando um
recomeço para sua família. Por ser uma mulher reclusa e a forma como educa seu
filho gera burburinho entre os vizinhos que começam a questionar sua
personalidade e o porquê de estarem ali.
Gilbert
Markham é um jovem fazendeiro que desperta um interesse pela moça e passa a ter
uma amizade com ela e o filho. Contudo, os segredos que Helen traz consigo
impede que os dois tenham um romance. Aos poucos, Gilbert vai ganhando a
confiança da jovem e ela permite que ele leia seu diário, para dar um fim aos
fantasmas do passado que a assombram. Após ler os tormentos que Helen passou, o
fazendeiro começa a compreender as atitudes dela.
No
diário, Helen conta os anos que sofreu em um relacionamento abusivo com seu ex
marido Arthur Huntingdon, um homem alcoólatra e infiel, que ameaçava as
virtudes e educação do filho, o único do casal.
É
importante ressaltar que relacionamentos abusivos vão além da agressão física.
Como Anne mostra muito bem no livro, o homem culpa a mulher por ser alcoólatra,
a humilha e deposita toda a culpa sobre ela por sua infidelidade, além de tentar
colocar o filho contra a própria mãe.
No prefácio da 2ª edição, Anne
escreveu:
“Meu propósito ao escrever as
páginas seguintes não foi apenas divertir o leitor; tampouco satisfazer meu
próprio gosto ou ganhar as boas graças da imprensa ou do público: meu desejo
era relatar a verdade, pois a verdade sempre comunica sua própria moral para
quem é capaz de absorvê-la. Mas, como esse tesouro precioso com frequência se
esconde no fundo de um poço, é preciso coragem para mergulhar em busca dele,
principalmente porque é provável que quem o fizer vá despertar mais desdém e
desaprovação pela lama e água onde ousou se misturar do que gratidão pela joia
que obteve; se possível comparar isso com a situação de uma mulher que se
prontifica a limpar os aposentos de um homem solteiro e descuidado, ouvindo
mais reclamações pela poeira que levantou do que elogios pela limpeza que
fez.”.
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